I miss you

Hoje estou num dia particularmente traumatizante. Hoje é sexta-feira e estás quase cá. O meu corpo anseia pelo teu abraço, a minha boca pelo teu beijo, as minhas mãos pelo teu corpo. Mas hoje não te vou ter. Vou sair com os meus amigos, afogar as mágoas num (um só que o dinheiro não estica) copo de moscatel, com gelo e limão, servido pela amiga V. Vou fumar um cigarro ou dois. E depois volto para casa, pensar um pouco mais em ti. Na falta que me fazes. No quanto preciso de ti aqui ao meu lado.

Sábado vou descansar pela manhã. Depois vou almoçar com o meu avô. Passar a tarde com ele, fazer-lhe companhia. Distrair-me da falta que me fazes. Volto para casa, tomo um duche, visto uma roupinha janota. À noite é o aniversário do Carlinhos. Um puto muito fixe que já prometeu que me vai tentar enfrascar. Não me devo fazer de muito rogado. A névoa no cérebro faz as horas passarem mais depressa.

Vou ter o telemóvel a carregar, para a qualquer momento que me possas contactar estar por perto, mesmo que longe. Para te poder responder de imediato, assim as mãos o permitam. A internet é um mundo que mitiga a distância, diminui a ansiedade e aumenta a saudade. A verdadeira, aquela que nos transporta para um mundo só nosso, em que o sofrimento do coração não se coaduna com a alegria de estar com os amigos.

Domingo recomeça do início. Dormir o máximo de manhã, almoçar com o meu avô, passar a tarde a sonhar contigo. Segunda-feira é o dia da redenção. O dia em que te tenho só para mim. O dia em que irei mostrar-te aquilo que valho, que mereces e que pretendes. O dia em que o sorriso voltará, não à minha boca, mas ao meu coração.

Bom fim de semana, Turista!