2014/03/24

Dead Combo II

Na passada sexta-feira, lá fui eu com o meu grande amigo T. ver os Dead Combo. Chegámos ao Coliseu ainda antes das 20 mas cheios de fome, pelo que fomos à Taberna do Artur ali ao lado e gerida por Indianos agora para comer uma bifana e beber uma imperial.

Já em cima das 20:45 e comigo já em pulgas por entrar, consegui convencer o T. a largar o tabaco e quase o arrastei porta dentro. Em boa hora o fiz. Arranjámos lugar na segunda fila ao meio, mas junto à coxia. Ainda assim, um lugar maravilhoso. Que eu não esperava encontrar a meia hora do início do concerto. Mesmo sabendo que não iam haver muitos convidados.

Depois de uma meia hora na galhofa com o T. o som pára e as luzes apagam-se. O Tó (com uma cartola) e o Pedro (com a barba mais alinhada que o habitual) descem a coxia à minha esquerda, sobem ao palco e começam a tocar "Povo que cais descalço". Uma das minhas favoritas do novo álbum, que tem o nome Bunch of Meninos. Segue para a primeira música do álbum, "Waiting for Nick" e só aí o Tó nos dá as boas noites. Do Pedro, nem um pio até perto de meio do concerto. A coisa desenrola-se, as músicas vão prosseguindo, o Tó sempre a bater com o pé no chão, a tocar cheio de energia, a interagir com o público, sempre com um ar meio desvairado. O T. bichana-me que ele está numa trip de cocaína. Eu respondo "Não T., o nome dele é mesmo Tó Trips". De repente, ambos levantam-se e dizem que vão tocar em honra das filhas. Começa com "Zoe Llorando" e depois com "Welcome Simone", num jeito intimista que me levou a tirar a melhor foto da noite, em que eles estão, no lusco fusco, a tocar sentados em cima de colunas. Nesta altura, estavam a menos de cinco metros de mim.

Saem de cima das colunas e tocam a minha música favorita de sempre, "Esse olhar que era só teu". Aqui fiquei de boca aberta a ouvir a música e nem sequer tirei uma foto. Não fui capaz. Continuaram com a Eléctrica Cadente e nesta altura a teia do Coliseu começa a levantar-se. Primeiro sem luz, um fantasma atrás deles (pena ter desligado o flash do telemóvel...) e depois foi-se iluminando para quando acaba a primeira parte com "A Bunch of Meninos", a música que dá o nome ao álbum, o Coliseu atrás de nós estar todo iluminado. Fui um dos muitos que lá fiquei a bater palmas na esperança que voltassem. E voltaram. Para a apoteose. As duas músicas que faltavam. A "Malibu Fair" para acordar a malta e a "Lisboa Mulata" para o aplauso.

Na minha opinião de fã, acho que o Camané devia ter ido lá dar uma perninha e cantado o "Vendaval". Aí sim eu ficaria MESMO contente. E sendo um concerto para tão poucas pessoas, era bonito que tivesse havido direito a autógrafos. Mas não aconteceu nada disto. Para mal dos meus pecados e para minha tristeza.

Talvez dia 4 de Dezembro, data em que o Coliseu vai certamente esgotar para eles, consiga um autógrafo. Nesse dia vou levar o alinhamento do concerto e o bilhete, não se vá dar o caso de conseguir, realmente, aquilo que eu pretendo. Sou um crente, eu sei...


2 comments:

Eu quero ouvir-te...