2015/02/26

Closer to the edge

O bebé G. é, por norma, um bebé calmo e que não dá assim tanto trabalho. No entanto, ultimamente tem andado a fazer umas birras malucas e umas lutas contra o sono que assustam um bocado. Basicamente, se se apanha deitado de barriga para o ar, começa a chorar como se alguém o estivesse a morder. É assustador vê-lo a chorar desta forma. A T. fica nervosíssima e eu, honestamente, nem consigo pensar direito.

Hoje, fui com ele ao meu trabalho, para dar a conhecer o rebento à "família laboral" do papá. Assim que lá cheguei, mais de 20 mamãs e outras mulheres com o relógio biológico aos saltos cercaram-me, cumprimentaram-me e começaram a falar para o meu filho. Nada de mais. O miúdo portou-se maravilhosamente, riu com elas durante 10 minutos, depois começou a chorar, eu disse que eram cólicas, mudei-lhe a fralda e pu-lo dentro do carrinho. A partir deste momento, começaram a vir uma de cada vez e a coisa não custou nada. À pergunta "Então Silent, o menino dá muito trabalho?", respondi sempre "Não, não custa nada, excepto quando tem cólicas e uma birrinha ou outra, nada de mais.

Hoje, mordeu-me no rabo, a minha grande boca! 19:15, hora do biberon, bebé G. bebe os seus 120ml em dez minutos. 19:25, normalmente é hora do miúdo começar a dormir, vou fazer o jantar, deixando o pequeno entregue à T., que estava com uma inflamação na garganta e dor de cabeça e por isso com pouca disposição para cozinhados. Ouço o bebé a fazer uma pequena birra, enquanto grelho as salsichas, cozo a massa e preparo um molho de mostarda para acompanhar. Depois o silêncio. Venho à sala pôr a mesa e vejo a T. a tentar embalá-lo. Bebé G. está de olhos bem abertos e fixos no tecto. 20h, começa o Sporting e o jantar está pronto. Bebé G. arranca numa birra enorme, como em cinco minutos (estava uma bela merda, já agora...), pego nele ao colo para o tentar acalmar. 23:24, ainda a mesma birra. Já me dói a cabeça a mim. A T. já tá na cama vai para hora e meia, completamente esgotada. Venho ao Facebook queixar-me da birra e deito o miúdo na alcofa. Meto-lhe, pela centésima vez, a chucha molhada de Aero-Om na boca para ver se ele se acalma. 23:29, bebé a dormir. Não, bebé a ressonar. E eu não consigo acreditar. Quatro horas depois, sem beber outro biberão (não quis), duas fraldas depois e muito choro, Bebé G. desmaia de cansaço na sua alcofa. Vamos a ver até quando. O biberão está lá, intocado, à espera que ele acorde!

Agora vou só respirar um bocadinho de ar puro. Estou a precisar...


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