Para o que eu havia de estar guardado...

Ontem cheguei a casa primeiro que a T., pelo que me fui preparando para sairmos outra vez para o Curso de Preparação para o Nascimento. Estava eu descansadinho quando ouço um grito vindo da entrada de casa. Pensei que fosse um dos sobrinhos pelo que não liguei e continuei. Passado um minuto, entra T. esbaforida porta dentro...

Começa-me a contar que entrou em casa e estava um rato morto perto da escada para a cave. Pede-me por favor para ir tratar daquilo e pede-me para levar um saco de plástico. E dá-me um saco do Continente. Eu começo a pensar que é um rato grande, pelo que lhe peço umas luvas coisa que, já agora, não há lá em casa para o meu tamanho.

Como não há luvas, levo um saco daqueles do pão, pequeno, para pôr a mão enquanto ponho o rato no saco de plástico. A T. continuava em pânico a perguntar-me se seria suficiente e a pedir-me por favor para o levar direitinho para o contentor do lixo ao fundo da rua e, na minha cabeça, o rato já era do tamanho de um coelho bravo, pesava uns cinco quilos e vai na volta não estava bem morto e ainda me mordia e arrancava um dedo!

Armado com dois sacos de plástico e muita precaução, desço as escadas devagarinho, qual Chuck Norris da Margem Sul e começo à prócura daquele espécime. Dou a volta a uma mesa que está à entrada e... desato à gargalhada. O rato media, no máximo, com muita benevolência e boa vontade... cinco centímetros. Inteirinhos! E estava bem morto, coitado. Peguei no saco do pão, peguei no ratinho e virei o saco de plástico ao contrário. Ainda a rir, fui pôr o ratito no contentor e voltei, qual knight in shining armour, para junto da minha donzela assustada, para receber o beijo que foi o prémio por lidar de forma tão eficiente com tão perigoso inimigo.