Tem sido uma experiência interessante, esta dos últimos quatro meses. Ser pai é uma sensação ainda mais cool do que eu imaginava. Primeiro, ter um ser tão pequenino e frágil na mão desde o primeiro dia, vê-lo nascer, vê-lo e ouvi-lo a dar o primeiro berro de triunfo neste mundo hipócrita e cão, ver o primeiro sorriso, dar o primeiro biberon, mudar a primeira fralda... Todas estas experiências são únicas e exclusivas a cada pai.
Nunca me irei esquecer do que pensei quando cheirei o meu filho pela primeira vez depois de um banho, ainda no hospital, tinha ele 24 horas mal contadas. Nem da primeira noite que passei em casa depois de ele nascer, com ele ao fundo da cama no bercinho, dentro da alcofa e eu cheio de dificuldade em dormir porque tinha medo de o acordar com o meu ressonar.
Ser pai está a ser melhor que umas férias na Tailândia, melhor que umas quecas bem dadas, melhor que algo que eu já tenha feito ou passado na minha vida. Ser pai mudou a minha vida. Transformou-me num homem definitivamente mais ponderado, mas ainda assim não consigo ser calmo. Fez mudar a minha maneira de ver e pensar as coisas. Fez-me preocupar ainda mais com a T, com os seus cansaços e as suas necessidades de dormir, de desopilar e de estar com as suas amigas a sós, num momento ladies night.
Ser pai transformou-me, provavelmente, num homem melhor, aos olhos da sociedade. Mais responsável, mais carinhoso, mais preocupado, mais PAI. Eu, pelo menos, sinto-me melhor. E compreendo cada vez mais aquilo por que os meus pais passaram quando eram novos e eu lhes dei uma prenda única e algumas noites mal dormidas com o meu nascimento. E ao ver os olhos marejados de lágrimas deles sempre que olham para o bebé G., acredito e entendo que lhes dei uma prenda quase tão boa quando lhes dei um neto.
Não era, de todo, este o impacto que eu pensava que ia ter na vida dos meus. Honestamente, quando pensava no assunto há alguns anos, pensava que todos os outros iam continuar a sua vida mais ou menos da mesma forma e que só a minha e a da mãe do meu filho é que iam mudar. Mas não. Os meus pais e sogros movem mundos e fundos pelo neto, mas isto já era o que eu imaginava ser o ideal, apenas pensava que não ia acontecer. Mas os meus amigos também mudaram. E os amigos da T. também. Eles também pensam "Pera lá, que aqueles dois têm um filho" quando nos telefonam, quando nos convidam para cenas, quando falam connosco na realidade. E isso também me deixa feliz.
No fundo, toda esta prosa serve para dizer que estou a adorar ser pai. Que o meu filho é um espectáculo e o meu bem mais precioso. Que por mim ficava de licença de maternidade até ele ir para a escola como fazem nos países escandinavos. Que se amanhã a T. me vier falar da possibilidade de darmos um mano ou uma mana ao bebé G., definitivamente que vou dizer que sim e dar pulinhos de contente. Que sim, adoro ser pai!
Ser pai é de facto a melhor experiência do mundo... Enquanto são bebés e estão completamente dependentes de nós é maravilhoso, é ainda mais maravilhoso quando já interagem connosco, e falam (mesmo que não se perceba a maioria das coisas), quando se mexem, quando a primeira coisa que dizem ao acordar é Papá ou Mamã, quando chegamos a casa e deixam tudo para vir a correr ter connosco para um abraço...
ReplyDeleteÉ mesmo maravilhoso... (não sou um pai nada baboso, como podes ver...:- ) )
Tás tão quexido *.*
ReplyDelete(e eu sei que essa de deixar a T. numa ladies night é só desculpa para ficares a sós com o puto.... sabes muito :p)
Até fiquei com a lágrima no canto do olho ;') que excelente pai aqui temos na blogo! :D
ReplyDeleteque nunca te passe o entusiasmo!!! :) que óptimo! precisamos de mais pais e mães assim!
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